"Não acredito que as propostas do PS afastem o cenário de bloco central"
Até 6 de maio terá de ser conhecido o seu substituto no Conselho Económico e Social (CES) para ser ouvido no Parlamento. Acredita que haverá um acordo em tempo útil entre PS e PSD?
Espero que sim. Já foi boa a notícia de que se tinham entendido quanto ao agendamento. Foi vencida uma etapa, espero bem que no dia 15 seja conhecido oficialmente o nome do meu sucessor.
Defendeu uma solução transitória em que o Conselho Coordenador do CES nomearia o presidente de entre os seus membros, o que implicaria uma alteração à lei - que o PSD recusou. Estava a pensar especificamente em Manuel Lemos?
Sim, admito que sim, mas é uma decisão dos conselheiros. De qualquer modo, esta é uma eleição que vai ter por finalidade cumprir o mandato. A ideia inicial do PSD é que se fazia a eleição mas o mandato seria de quatro anos, o que me parecia correto, porque eu acho que não faz sentido o mandato do CES ser simultâneo com a legislatura. Imagine uma situação em que o país está em crises sucessivas e que de seis em seis meses caem os governos; o presidente do CES também cairia de seis em seis meses. Este tem de ser um lugar de estabilidade.