"Não acredito que as propostas do PS afastem o cenário de bloco central"

A pouco mais de uma semana de deixar vaga a presidência do CES, Silva Peneda recebeu o DN para uma entrevista. Fiel ao discurso da estabilidade, diz que depois das legislativas as maiores forças políticas estão condenadas a entender-se. Acredita na vitória do PSD, mas deixa escapar que o partido mudou com a <em>troika</em>.
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Até 6 de maio terá de ser conhecido o seu substituto no Conselho Económico e Social (CES) para ser ouvido no Parlamento. Acredita que haverá um acordo em tempo útil entre PS e PSD?

Espero que sim. Já foi boa a notícia de que se tinham entendido quanto ao agendamento. Foi vencida uma etapa, espero bem que no dia 15 seja conhecido oficialmente o nome do meu sucessor.

Defendeu uma solução transitória em que o Conselho Coordenador do CES nomearia o presidente de entre os seus membros, o que implicaria uma alteração à lei - que o PSD recusou. Estava a pensar especificamente em Manuel Lemos?

Sim, admito que sim, mas é uma decisão dos conselheiros. De qualquer modo, esta é uma eleição que vai ter por finalidade cumprir o mandato. A ideia inicial do PSD é que se fazia a eleição mas o mandato seria de quatro anos, o que me parecia correto, porque eu acho que não faz sentido o mandato do CES ser simultâneo com a legislatura. Imagine uma situação em que o país está em crises sucessivas e que de seis em seis meses caem os governos; o presidente do CES também cairia de seis em seis meses. Este tem de ser um lugar de estabilidade.

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